Mais energia na ciência do clima

O mundo inteiro fala e diz que se preocupa com o aquecimento global e com a necessidade de mudar de rumos para alcançar um desenvolvimento sustentável. Mas quando ocorre a oportunidade de um encontro mundial para acertar como fazer – tal como ocorreu no final de 2009, em Copenhague – não se chega a um acordo. O mesmo já tinha acontecido com o protocolo de Kyoto, que previa medidas para a redução de carbono na atmosfera, mas que não contou com o apoio de países importantes, como os Estados Unidos, por exemplo. Como então sair do impasse? O que cada país pode fazer? O Brasil, durante a reunião de Compenhague, prometeu reduzir as queimadas. No início de 2010 criou um Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, em busca de aprimorar um caminho de energia menos poluente. Mas, ao mesmo tempo, estimula a idéia de tirar petróleo do pré-sal. Neste debate especialistas dão informações que possibilitam entender melhor as razões do desentendimento mundial e saber como a ciência pode ser utilizada cada vez mais para ajudar a combater o aquecimento global.

 

Participantes: Marcos Silveira Buckeridge, formado em ciências biológicas, professor da Universidade do Estado de São Paulo, a USP, tem doutorado e pós-doutorado no exterior, é o diretor científico do Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol. Coordena também um instituto nacional de bioetanol, que congrega 29 laboratórios em 6 estados, e é um dos pesquisadores indicados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Marina Freitas Gonçalves de Araújo Grossi é economista, preside o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, o CEBDS – uma coalização empresarial responsável por 40% do produto interno bruto do país –, representou o governo nas negociações do Protocolo de Kyoto e foi coordenadora do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Carolina Burle Schmidt Dubeux, com doutorado em planejamento energético e ambiental, coordena o projeto Economia da Mudança do Clima no Brasil, também esteve na delegação brasileira da reunião de Copenhague e trabalha como pesquisadora do Centro Clima da Coordenação dos Projetos de Pósgraduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sérgio Besserman Vianna, professor do departamento de economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é membro do conselho diretor da WWF- Brasil, o fundo mundial para a natureza, e trabalha no tema mudanças climáticas desde 1992, tendo sido membro da missão diplomática brasileira em duas conferencias da ONU, acompanhando de perto a reunião de Compenhague. Preside a Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável e de Governança Metropolitana da Cidade do Rio de Janeiro e é também comentarista da CBN, a central de rádio do Sistema Globo, e do canal a cabo Globonews.

 


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