Maconha: entre remédio e uso recreativo

 

Em 2018, eram 33 os países em todo o mundo e 8 estados americanos que já haviam legalizado o uso da maconha para fins recreativos, enquanto muitos outros colocam várias dificuldades para o uso medicinal, com benefícios já comprovados, da substância presente na planta. Recentemente um médico brasileiro aos 88 anos, Elisaldo Carline, que há mais de 50 anos estudava os efeitos medicinais da maconha, foi intimado a dar depoimento numa delegacia por “apologia ao crime”. Só por ter organizado um congresso para discutir o assunto. No nosso vizinho Uruguai, a regulamentação fez cair em 18% os crimes ligados ao tráfico de drogas. Afinal, quais as vantagens e desvantagens da regulamentação? Quais os usos medicinais da droga?

ParticipantesSidarta Tollendal Gomes Ribeiro. Professor titular de neurociências e vice-diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e doutor em comportamento animal pela Universidade Rockefeller, com pós-doutorado em neurofisiologia pela Universidade Duke, nos Estados Unidos. Coordenador científico, desde 2018, do Conselho Consultivo da Plataforma Brasileira de Política de Drogas, integra a diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – a SBPC. Luis Fernando Farah de Tofoli. Doutor em psiquiatria pela Universidade de São Paulo, é professor do departamento de psicologia médica e psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atua principalmente nos temas de políticas públicas de drogas e saúde mental, ayahuasca e saúde mental em atenção primária. Virginia Martins Carvalho. Coordenadora do laboratório de análises toxicológicas da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado e doutorado em toxicologia e análises toxicológicas e pós-doutorado em toxicologia experimental, é especialista em docência em saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem trajetória acadêmica voltada ao estudo de drogas psicotrópicas de uso proibido e estuda o potencial terapêutico e a exposição às drogas e substâncias proscritas e de uso ritualístico no contexto social, político e farmacêutico. Coordena também o projeto de extensão “Farmacannabis” que dá suporte farmacêutico integral aos pacientes em tratamento com cannabis.