Corrupção, em tese

Se, no jornalismo, recorrer à definição de dicionário é sinônimo de falta de conteúdo para destacar, isto, com certeza, não se aplica ao tema deste debate. Quando se trata de corrupção, o que não falta é novidade: mensalão, caixa 2, mala de dinheiro, dinheiro na cueca e a mais recente denúncia de ontem. Associada quase sempre ao suborno e ao dinheiro escuso em troca de vantagens, a corrupção pode ser muito mais. E o que o dicionário ajuda a lembrar é que corrupção é, principalmente, depravação, decomposição, putrefação, destruição da substância. Simplificando, o apodrecimento da sociedade. Neste programa, estudiosos do assunto ajudam a entender melhor como esse mal se entranha na sociedade  e verificar se existem saídas e soluções.

Participantes: Ministro Waldir Pires, da Controladoria-Geral da União, responsável por fiscalizar internamente o uso dos recursos do governo, detectar casos de irregularidade e malversação de fundos. Michel Misse, doutor em sociologia, coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Roberto Kant, antropólogo, doutor pela Universidade de Harvard, coordena o Curso de Especialização em Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança Pública do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas da Universidade Federal Fluminense (UFF). Marcos Bezerra, doutor em antropologia social, professor da Universidade Federal Fluminense e autor do livro “Corrupção – Um Estudo Sobre Poder Público e Relações Pessoais no Brasil”.