Da época de nosso descobrimento para cá, muita coisa mudou. A evolução do nosso conhecimento científico tratou de relativizar o ufanismo da famosa frase “em se plantando, tudo dá”, de Pero Vaz de Caminha, quanto às nossas qualidades agrícolas. O milho,por exemplo, que veio do México, precisou ter sua linhagem melhorada para poder ser rentável. Hoje, com modificações genéticas, está no topo das polêmicas sobre alimentos transgênicos. O milho também serve como exemplo moderno de alimentos fortificados – ou acrescidos de vitaminas – para melhorar a alimentação da população. O trajeto da agricultura em nosso país é a própria história de como o conhecimento e a pesquisa científica podem influir na produtividade e na qualidade do que plantamos e colocamos em nossa mesa. Esse é o tema em debate com especialistas em pesquisas de alimentos.
Participantes: Jose Luiz Viana de Carvalho, engenheiro agrônomo, com mestrado em ciência e tecnologia de alimentos, é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – a Embrapa – atuando principalmente com biofortificação de alimentos, segurança alimentar, qualidade tecnológica e sistemas de gestão da qualidade. Rubens Onofre Nodari, agrônomo, com mestrado e doutorado, é professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina, com experiência na área de genética vegetal e melhoramento de plantas, já tendo sido gerente de recursos genéticos vegetais do Ministério do Meio Ambiente. Silvio Valle Moreira, originalmente médico veterinário, se especializou em engenharia genética, na Itália, na França, nos Estados Unidos e em Cuba. Pesquisador titular em saúde pública na Escola Politécnica de Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, é membro de várias comissões de biossegurança, inclusive a que trata da avaliação de transgênicos seus derivados na Anvisa , Agência Nacional de Vigilância Sanitária. José Antônio Azevedo Espíndola, mestre e doutor em agronomia, lidera na Embrapa um projeto de agricultura orgânica para o Brasil, que reúne 27 centros de pesquisa, mais de 350 pesquisadores e técnicos, além de 25 instituições parceiras, como ONGs, universidades, e instituições de pesquisa e extensão.
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