Os peixes fazem parte das lendas e mistérios da Amazônia. Inclusive o boto, que nem peixe é, mas na crendice popular se transforma em jovem sedutor que engravida donzelas. No mundo, esta espécie de golfinho mobiliza campanhas de proteção, pois enfrenta a triste realidade de ser morto só para servir de isca na pesca da piracatinga, que tem bom valor comercial. E nada mais misterioso que os peixes elétricos, capazes de dar choques de 500 volts quando ameaçados. Uma verdadeira bateria biológica natural, que ainda não somos capazes de reproduzir. Em busca do aumento do conhecimento, os centros de pesquisa na Amazônia se dedicam ao estudo de pelo menos 3 mil espécies da região. Os convidados são especialistas em peixes – o principal alimento das comunidades ribeirinhas e do interior, ao lado da farinha de mandioca.
Participantes: Efrem Jorge Gondim Ferreira é formado em Engenharia de Pesca, tem mestrado e doutorado em biologia de água doce e pesca interior. Pesquisador e professor do curso de pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) tem vários livros e artigos científicos publicados sobre seus temas de estudo. José Antônio Alves Gomes, formado em Oceanografia Biológica, com mestrado e doutorado no exterior, já foi diretor geral do INPA. Atualmente, além de professor de pós-graduação no INPA e na Universidade Federal do Amazonas, se dedica ao estudo da biologia e evolução dos peixes elétricos. Carlos Edwar de Carvalho Freitas tem doutorado em ciências da Engenharia Ambiental e dá aulas no INPA e na UFAM, onde também coordena o programa de pós-graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos. Arnold José Lugo Carvajal se graduou em Biologia Marinha na Colômbia e veio fazer mestrado em biologia de água doce e pesca interior no INPA. Tem experiência na área de biologia e ecologia de peixes, atuando principalmente com peixes ornamentais, taxonomia e manejo de aquários. É o responsável pelos aquários do Museu da Amazônia, o MUSA.