Águas da Amazônia

A primeira associação que se faz quando se fala em Amazônia é com florestas e água; muita água – uma bacia hidrográfica que fornece 20% do total de águas doces do mundo. Como então imaginar que a maioria da população é obrigada a beber água extraída de poços? E, mesmo assim, sem muita garantia de qualidade da água.  Outro aspecto é que todo ano  500 mil quilômetros quadrados de árvores e plantas – praticamente uma vez e meia o Estado de São Paulo – são inundadas, alterando a vida vegetal e animal desta floresta, que sequer é citada no Código Florestal do Brasil. Os convidados para o debate são cientistas que vieram de todas as  partes do país para viver e pesquisar o papel das águas de superfície e dos aquíferos do subsolo no meio ambiente e no clima da Região Amazônica.

Participantes: Ingo Wahnfried se formou e fez doutorado no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, já dedicado a aquíferos fraturados.É professor adjunto do Departamento de Geociências da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde coordena e participa de projetos de pesquisa sobre os aquíferos sedimentares existentes em Manaus e arredores.  Maria Teresa Fernandez Piedade é bióloga formada na Universidade Federal de São Carlos, com mestrado e doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e pós-doutorado no exterior. É membro titular do Conselho Nacional de Zonas Úmidas e do Comitê Assessor de Ecologia e Limnologia do CNPq – o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Nas suas pesquisas busca entender a influência dos ciclos de inundações nas vegetações. Marco Antônio de Oliveira, geólogo pela Universidade Estadual de São Paulo e mestre em Geociências pela Universidade Estadual de Campinas, ingressou em 1997 no Serviço Geológico do Brasil no Amazonas, onde é atualmente o superintendente. Naziano Pantoja Filizola Junior, geólogo com mestrado na Universidade de Brasília e doutorado no exterior, é professor de Geografia Física e coordenador do Laboratório de Potamologia Amazônica da UFAM. É também professor colaborador da pós-graduação do INPA. Trabalhou na Agência Nacional de Águas, foi membro da Comissão de Hidrologia da Organização Mundial de Meteorologia e atualmente é assessor de relações internacionais e institucionais da UFAM.