A Região Amazônica, vista do alto, em sua maior parte ainda é vegetação. Mas embaixo da floresta existe uma população dividida por visões e projetos de desenvolvimento diferentes. Da criação da Zona Franca de Manaus, passados 50 anos, aos tempos atuais, quando o conhecimento específico dos povos ribeirinhos começa a ser valorizado como modo de preservação ambiental, muitas águas já rolaram pelos rios. Até mesmo uma nova cartografia, mais social do que geográfica, vem sendo feita pelos cientistas. É certo afirmar que houve um desenvolvimento crescente da atividade científica na Amazônia, permitindo um novo conhecimento sobre a região. Alguns desses cientistas e pesquisadores participam do programa.
Participantes: Tatiana Schor, graduada em Economia, com mestrado em Geografia Humana e doutorado em Ciência Ambiental, fez pós-doutorado no exterior. É professora de graduação e pós-graduação na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). E foi secretaria adjunta de planejamento da Secretaria de Produção Rural do Estado do Amazonas e coordenadora do Centro Estadual de Unidade de Conservação. Glademir Sales dos Santos é graduado em Filosofia e doutorando em Sociedade e Cultura na Amazônia. Pesquisador do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia, faz parte da equipe de coordenação de mapeamento social como instrumento de gestão territorial contra o desmatamento e a devastação. Np debate representa o projeto, que se preocupa em resgatar e capacitar os povos e comunidades tradicionais da região. Marcelo Bastos Seráfico de Assis Carvalho se formou em Sociologia e dedicou mestrado e doutorado ao estudo das atividades empresariais no Amazonas, inclusive a Zona Franca de Manaus. Participa de grupos de pesquisa sobre desigualdade, trabalho e sociedade na pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde também é professor do Departamento de Ciências Sociais.