A economia enquanto ciência

Taxa de juros, superávit primário, inflação – todos estes termos, nem sempre muito claros para a maioria da população, mesmo assim fazem parte do imaginário de que a economia é que decide os caminhos do país, se confundindo com a política. Tanto que quando se fala sobre a profissão de economista no Brasil lembra-se logo de profissionais em altos escalões governamentais, tentando solucionar crises ou comandar planos de estabilidade para acertar os rumos do país. Mas a ciência econômica é muito mais que isso. Tem metodologias próprias e aplicações muito mais abrangentes do que a atuação no mercado de capitais ou na administração de recursos em empresas. É útil na análise e na gestão dos mais variados tipos de organizações humanas. Para definir até que ponto a ciência econômica pode ser vista como atividade científica ou considerada mecanismo de uso político, foram convidados especialistas para debater o papel dos economistas e da economia na sociedade atual.

 

Participantes: Aloísio Araújo, mestre em Matemática pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e PhD em Estatística pela Universidade da Califórnia, é vice-diretor do Programa de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas. Foi consultor do Banco Central e do Ministério da Fazenda. Ceci Juruá, economista, já foi professora na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade Católica do Brasil, em Brasília. Extremamente atuante nos órgãos representativos dos economistas – chegou a participar da fundação do Instituto de Economistas do Rio de Janeiro – participa atualmente do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Luiz Carlos Prado, graduado em Direito e Economia, com mestrado na UFRJ e PhD em Economia pela Universidade de Londres é ex-presidente do Conselho Federal de Economia, professor do Instituto de Economia da UFRJ e diretor-presidente do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento.