É o fim do mundo?

Se você não fizer a sua parte, agindo de forma ecologicamente correta, o mundo estará ameaçado! É mais ou menos essa a síntese das mensagens que recebemos todos os dias. Principalmente depois dos resultados pouco otimistas da Conferência Rio+ 20, onde faltou um compromisso mais forte dos governos que assinaram a declaração final. A cada tempestade ou desastre ambiental, aumenta a preocupação. Mas alguns cientistas começam a questionar as influências meramente humanas nos distúrbios climáticos: podem ser ciclos inevitáveis do planeta, já ocorridos inclusive em outras épocas. De toda forma, como ficaria o futuro do ser humano que vive no planeta terra? Seria mesmo necessário fazer alguma coisa para não enfrentarmos um clima perigoso para a vida humana na terra? – e com qual urgência?

 

ParticipantesValdo da Silva Marques. Doutor em meteorologia com pós-doutorado no exterior foi chefe do departamento de meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF –, onde está implantando o programa de mestrado. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Meteorologia e atualmente é diretor regional da entidade para o Rio de Janeiro. Foi a própria Sociedade Brasileira de Meteorologia – SBMET – quem sugeriu este debate para o Conselho Editorial de cientistas do Tome Ciência. Henrique Gomes de Paiva Lins de Barros. Biofísico, pesquisador titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF –, tem doutorado em física atômica. Dedica-se ao estudo da resposta magnética de microorganismos e sempre se preocupou com a difusão científica. Colaborador do Tome Ciência desde o início, em 1987, é dos mais antigos integrantes do nosso Conselho Editorial. Já dirigiu o Museu de Astronomia e Ciências Afins, foi curador de exposições científicas e produziu vários filmes e livros. É um dos maiores estudiosos em Santos Dumont no Brasil e acaba de lançar pela editora da Fiocruz o livro “Biodiversidade e Renovação da Vida”. José Antônio Marengo Orsini. Físico, com doutorado em meteorologia, fez pós doutorado na NASA e especializou-se em modelagem climática. Foi coordenador científico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – o INPE, onde é professor na pós-graduação e chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre. Membro de vários painéis internacionais das Nações Unidas integra o comitê científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Em agosto de 2012 coordenou um encontro internacional no Brasil para discutir as conclusões do relatório especial sobre gestão dos riscos de extremos climáticos e desastres, que foi elaborado pelo Painel intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – o IPCC. Roberto Schaeffer é um dos integrantes brasileiros do IPCC das Nações Unidas desde 1998. É o vice-coordenador do Programa de Planejamento Energético da coordenação dos programas de pós-graduação em engenharia – A Coppe da UFRJ. Tem pós-doutorado em economia de tecnologia no exterior e foi do Conselho Consultivo do Projeto de Aceleração de Tecnologias Inovadoras de Energia na Agência Internacional de Energia. Em 2012 recebeu o prêmio Greenbest em reconhecimento às suas iniciativas pelo desenvolvimento do mercado sustentável no Brasil.