O preconceito quanto aos baratos produtos chineses que inundaram o mercado brasileiro ainda persiste: “é ching-ling”, costumam dizem muitos, criticando a qualidade. Como então imaginar que a China tenha se transformado num dos principais parceiros tecnológicos do Brasil, com o lançamento de um satélite de observação da terra em 2012 e outro previsto para 2013, além de acordos para a montagem de laboratórios de nanotecnologia e biotecnologia? Sem falar de cinco mil vagas para brasileiros irem aprimorar a formacão científica na China. O país já é o maior parceiro comercial do Brasil. Só em 2011 nosso saldo comercial foi de 11 bilhões de dólares. Os dois governos assinaram uma “parceria estratégica global”, privilégio que ultrapassa os assuntos bilaterais e incorpora as mais relevantes questões globais de política e economia. |
||||
Participantes: José Raimundo Braga Coelho é físico com mestrado em matemática, já foi professor na UNB – a Universidade Nacional de Brasilia, da PUC do Rio de Janeiro e da Universidade de Nova York. No Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, foi gerente geral do programa China Brasil de Satélites e vice-diretor da Coordenacão Geral de Engenharia e Tecnologia. Atualmente, é o presidente da Agencia Espacial Brasileira – a AEB. Severino Bezerra Cabral Filho é historiador, com doutorado em sociologia, e diretor presidente do Instituto Brasileiro de Estudos de China e Ásia-Pacífico, além de membro do corpo permanente da Escola Superior de Guerra. Fernando Lázaro Freire Junior é doutor em física, professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e editor da revista da Sociedade Européia de Física. É o diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – o CBPF. André Soares é mestre em engenharia de producão, com enfase em gestão e inovacão, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – a UFRJ e atua como coordenador dos projetos de pesquisa e análise do Conselho Empresarial Brasil China. Especialista nas relacões econômico-comerciais entre Brasil e a China, nos últimos cinco anos vem estudando o processo de internacionalizacão das empresas chinesas e sua atuacão no Brasil.
|