Nos primeiros anos de 1900, quando o cientista Oswaldo Cruz tratou de vacinar a população do Rio de Janeiro contra a varíola, uma revolta popular que durou uma semana causou 23 mortes, dezenas de feridos e mais de mil presos. Muitos achavam que Iam ficar doentes por causa da vacina. Hoje a varíola é considerada doença erradicada no Brasil, exatamente por conta da vacina.O mesmo aconteceu com a poliomielite. E não há pais que reajam mais contra a vacinação dos bebês. Uma vacina contra a AIDS ou uma vacina que impeça a dengue é uma realidade próxima para os cientistas brasileiros. Uma solução capaz de economizar vidas, recursos financeiros e muito sofrimento. Afinal, desde que o médico inglês Edward Jenner criou, em 1796, a primeira vacina contra a varíola, se tornou consenso entre a comunidade científica que não há método melhor para se erradicar uma doença. |
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Participantes: Ricardo Galler, formado em biologia animal pela Universidade de Brasília, com mestrado em ciências biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado na Alemanha, pesquisa vacinas contra a malária e contra a dengue. É vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz – Bio-Manguinhos –, unidade capaz de produzir 300 milhões de vacinas por ano. Davis Ferreira, diretor do departamento de Virologia da UFRJ, é graduado em biologia celular e molecular pela Universidade do Estado de São Francisco, nos Estados Unidos, com mestrado em ciências biológicas e doutorado em microbiologia. Também é professor da Universidade do estado norte-americano da Carolina do Norte, onde fez seu pós-doutorado.Marcos Freire, originalmente graduado em veterinária pela Universidade Federal Fluminense, com doutorado em biologia parasitária, coordena a Rede de Vacinas Recombinantes do Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Insumos para a Saúde, com sede em Bio-Manguinhos.
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