Roberto Alcântara Gomes faleceu aos 50 anos em 30 de agosto de 1991, deixando uma ausência como grande pesquisador e estrategista no incentivo à pesquisa na UERJ.
Quando estudante, graduou-se em Física em 1961 pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1964. Seu interesse em biofísica ocorreu naturalmente. Nessa área obteve o título de Doutor em Biofísica no Instituto de Biofísica da UFRJ, em seguida realizando o pós-doutorado no laboratório do Prof. Dr. Roger Monier em Marseilles, estudando biossíntese de ribossomas. Posteriormente, seu interesse migrou para os efeitos letais e mutagênicos de metabólitos oxidantes e de radiações ionizantes, e por fim se dedicou à área de mutagênese ambiental.
Na UERJ, Roberto desempenhou um papel de destaque no desenvolvimento da pesquisa, principalmente como Diretor do Instituto de Biologia, a partir de 1976. Como diretor, Roberto agilizou a criação da Sub-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, o que só se concretizou em 1980, na gestão do Reitor Ney Cidade Palmeiro. Como primeiro Sub-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UERJ, Roberto Alcântara Gomes não só abriu caminhos e solidificou o apoio institucional ao desenvolvimento da Pesquisa e da Pós-Graduação como também delineou as bases do Programa de Capacitação Docente, trabalho que continuou a aperfeiçoar quando ocupou o cargo de vice-reitor. Se, hoje, verifica-se na UERJ que o número de mestres e doutores tem rapidamente crescido, devemos isto à sua luta pioneira.