Doenças dos pobres: endêmicas e negligenciadas

 

De repente o sarampo, doença considerada extinta no país por organismos internacionais, reaparece com ocorrências em várias partes do Brasil. Uma das explicações foi a da invasão de pessoas vindas da Venezuela, onde a doença ainda existe. O que não justificou-se quando da divulgação de falhas no processo de vacinação que era responsável pela fama de erradicação da doença no Brasil. E a tuberculose, doença antiga, que ainda resiste por conta da interrupção de tratamento pelos pacientes, o que só faz reforçar a resistência dela aos antibióticos existentes no mercado? Doenças antigas e primárias que persistem a tratamentos e campanhas, essencialmente por conta da pobreza e condições precárias de vida de grande parte de nossa população. É o que se discute no programa: doenças negligenciadas e endêmicas por quê? O que será que está acontecendo?

ParticipantesFernando Maia. Professor de microbiologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e de infectologia da Universidade Federal de Alagoas, é médico infectologista do Hospital Escola Dr. Hélvio Auto, hospital de referência em doenças infecciosas em Alagoas, onde faz atendimento a portadores de AIDS e outras doenças. Fábio Henrique Peixoto Menezes. Enfermeiro pela Universidade Federal de Sergipe, pós-graduado em enfermagem do trabalho, em gestão clínica e coordenação médica e também em vigilância em saúde; pertence ao grupo técnico da Secretaria de Saúde de Maceió para vigilância da dengue, chikungunya e outras arboviroses, que são as doenças transmitidas pelos insetos.