Pneus velhos viram óleo, óleo de fritura vira combustível e o reaproveitamento do bagaço de cevada, numa fábrica de cerveja, pode render mais de 10 milhões de reais por ano. Com tecnologias avançadas, empresas desenvolvem processos industriais que, além de preservar o meio ambiente, geram lucros extras. Mas a possibilidade de promover crescimento econômico com preservação da natureza, infelizmente, só começou a ser discutida mais seriamente no Brasil com o assassinato do ambientalista Chico Mendes, em 1988. Enquanto o mundo tratava de dar forma ao chamado desenvolvimento sustentável, vigorava no Brasil o preconceito quanto aos “ecochatos”, “naturebas” e outros termos depreciativos. Neste programa os debatedores falam sobre a evolução da mentalidade que permite usar o conhecimento para crescer sem destruir a natureza.
Participantes: Irene Garay, doutora em ecologia, chefe do laboratório de ecologia de solos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Flávio Almeida, gerente de projetos do Centro Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. José Henrique Cortez, ambientalista, coordenador de projetos socioambientais da Câmara de Cultura. Wadih João Scandar, engenheiro agrônomo, coordenador do projeto de indicadores de desenvolvimento sustentável do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE.