A medicina tradicional abrange 64 especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). As fronteiras entre medicina tradicional e as consideradas alternativas, no entanto, parecem cada vez mais tênues. A acupuntura, antes desconsiderada, já faz parte da graduação na Faculdade de Medicina da USP. A homeopatia tem o aval do CFM mas não é considerada científica por muitos médicos. Técnicas complementares de tratamento, embora baseadas em teorias da medicina oficial, não são aceitas como especialidades médicas. Como classificar a sabedoria indígena, a fisiologia ortomolecular, a psiquiatria antroposófica, a fitoterapia, as terapias holísticas, os florais de Bach? Este debate de especialistas ajuda a entender até onde vai a medicina e no que podem ajudar certas terapias complementares. |
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Participantes: Flavio Edler, historiador, doutor em Saúde Coletiva, professor do Programa de Pós-graduação em História das Ciências da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz, na Fiocruz, professor de História da Medicina na Universidade Estácio de Sá, ex-presidente da Sociedade Brasileira de História da Ciência. Afrânio Coelho de Oliveira, médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Superintendência de Câncer da Prefeitura do Rio de Janeiro. Marcus Vinicius Ferreira, médico especializado em acupuntura, coordenador da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ). Fabio Bolognani, médico pós graduado em homeopatia, presidente da Federação Brasileira de Homeopatia, membro fundador da Câmara Técnica de Homeopatia do Cremerj.
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