Quase toda semana os jornais do país apresentam manchetes com dados de uma nova pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Através destes números o país passa a se conhecer melhor: quem mais sofre com a violência, quais os avanços sociais ou quem tem mais acesso à educação. Mas para se obter estes resultados, amplamente usados pelo governo na formatação de políticas públicas, não basta sair pelas ruas com pranchetas na mão fazendo perguntas. O planejamento e o estudo são indispensáveis. O Brasil é o líder na área de estudos populacionais, na América Latina, mas ainda tem que crescer para chegar ao nível de países do primeiro mundo. Neste debate, os participantes explicam como são feitos estes estudos, a importância deles e os reflexos da divulgação de seus resultados, derrubando alguns tabus, como o da gravidez precoce.
Participantes: Elza Berquó, demógrafa, membro da Academia Brasileira de Ciências, pesquisadora do Núcleo de Estudos de População da Unicamp e coordenadora da área de população e sociedade do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, o Cebrap. Simone Wajnman, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, professora do Departamento de Demografia do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, Cedeplar/UFMG. Kaizô Iwakami Beltrão, mestre em matemática aplicada pelo INPA, doutor em estatística pela Universidade de Princenton, Estados Unidos, pesquisador da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. José Eustáquio Diniz Alves, cientista social e economista, professor do mestrado em estatística populacional e pesquisas sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE.