O Presidente Lula volta e meia é criticado por conta das inúmeras viagens ao exterior. Crítica que enfrentou, também, seu antecessor e oponente Fernando Henrique Cardoso. Hoje, é evidente a mudança no foco de interesse da política externa, pela concentração, agora, em países árabes e africanos. Mas os métodos de execução da política externa são semelhantes e sugerem uma prática moldada pelos mesmos executores – os diplomatas que representam o Brasil, independentemente de quem está, no momento, no poder. O que se negocia lá fora, normalmente tem reflexos diretos nos interesses internos do país, especialmente os econômicos. Neste debate, os convidados falam ainda sobre o prestígio de nossa política de relações exteriores no mundo e como interpretar a insistência em um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Participantes: Williams Gonçalves, sociólogo, professor de relações internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, e da Universidade Federal Fluminense, UFF. João Pontes Nogueira, economista, professor de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-RJ, com pós-doutorado em relações internacionais pela Universidade de Denver, Estados Unidos. Clóvis Brigagão, cientista político, com título de notório saber em relações internacionais concedido pela Universidade Cândido Mendes, Unicam, na qual é diretor-adjunto do Centro de Estudos das Américas.